quarta-feira, 30 de março de 2011

nota

Temos medo do que criamos. Assim que fiquei mais de uma semana sem acessar o twitter em função das férias, não tive coragem de abri-lo novamente. Isso porque sabia que não poderia ler tudo aquilo que deixei para trás. Não poderia recuperar aquelas informações. Tive medo de perceber que não posso acompanhar o mundo pela velocidade com a qual ele se move atualmente.
Temos medo de descobrir coisas que já sabemos, mas não admitimos. A tecnologia devora o homem. Não serão robôs que destruirão a raça humana, a raça humana destruirá a si própria com a sua ganância pelo descobrimento e avanço científico.
Lemos "Admirável Mundo Novo" rindo da possibilidade de existir uma sociedade tão patética quanto aquela. E percebemos que Huxley escreve sobre nós. Percemos que fomos colocados em potes de vidro e projetados para acreditar que aquele é o nosso pequeno mundo. Mas alivia-nos saber que o suicídio se dá pelo Selvagem, e não pela sociedade.

Dica: Yann Tiersen (músico)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

redação do enem

A corrupção brasileira dentro do governo nada mais é que um reflexo da própria sociedade. Por mais que reclamemos, sabemos que as grandes trapaças vêm das pequenas atitudes, e que a culpa também é nossa.
Os políticos que elegemos secreta e livremente vêm do mesmo lugar onde estamos e têm a mesma educação que temos. A falta de ética e a corrupção por parte de muitos daqueles que comandam o nosso país são conseqüências dos pequenos atos "ingênuos" que cometemos como cidadãos. Preferimos, no entanto, acusar àqueles que detêm o poder público que nós mesmos.
A falta de respeito com o ser humano torna-nos um povo hipócrita e egoísta, visto que estamos tão preocupados com os nossos próprios problemas que não damos a menor importância às necessidades alheias. Muitos sequer sabem o significado da palavra ética. O país sensibilizou-se com a solidariedade prestada às famílias desabrigadas pelas enxentes em Santa Catarina, mas não se surpreendeu ao saber de milhares de doações roubadas ou não-entregues.
A educação é a principal e, possivelmente, a única solução para um povo mais justo e honesto. Ao ensinarmos os jovens de hoje sobre ética e cidadania, evitamos diversos problemas no futuro: uso de drogas, roubos, assassinatos, analfabetização, entre outros. Estaremos contribuíndo, assim, para um Brasil desenvolvido.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

segurança

Apesar de não ter me inscrito no Fórum Social Mundial desse ano, resolvi ir pelo menos em uma palestra pra poder comentar aqui no blog. O título era "Uma Agenda Alternativa para a Segurança Cidadã no mundo" e tratava sobre a segurança pública do país. Os palestrantes comentaram sobre a segurança envolvendo não só a força mas também a cidadania, pois, ao contrário do que nós consideramos prioritário no país, a destinação do capital brasileiro ao armamento dos policiais não é a melhor forma de resolver o problema da violência. Só haverá democracia no Brasil se houver uma democratização da mídia, que influencia diretamente a todas as camadas sociais. As camadas mais pobres são as mais afetadas com a bagunça na segurança pública, pois elas se encontram em meio à origem daqueles que, não tendo condições de construir uma vida digna, apelam para o mundo do crime. As camadas médias procuram esconder-se nos shoppings centers, e as camadas do topo constroem muralhas isolando-se do mundo a fim de encontrar segurança. O que os palestrantes alegam é que deve haver resistência nos métodos criados para proteger o povo: as experiências só vêm a funcionar depois de, no mínimo, 10 anos de persistência pelo país.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

reforma ortográfica


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

o tempo e o afeto

O tempo, diferentemente do que acredita o ser humano, é controlado pelas escolhas de cada um. Apesar de sabermos que um minuto será sempre um minuto em qualquer parte do mundo, sabemos também que um minuto conversando com amigos passa muito mais rápido que quando estamos esperando na fila do dentista. Da mesma forma, podemos brincar com o tempo ao pensarmos no nosso cotidiano: quando sabemos que temos que acordar às 6h30 para ir trabalhar ficamos intrigados com o aproveitamento do tempo quando, ao invés de seguirmos caminho até o escritório, viajamos para o exterior a passeio. Com o mesmo tempo que gastávamos para chegar ao escritório gastamos para fazer algo inusitado e impensável. É incrível como temos a capacidade de tornar o curto período de 3 dias (sexta-feira, sábado e domingo) tão maravilhoso perto da cansativa rotina da semana. O simples fato de encontrarmos alguém que nos traga incalculável alegria já é suficiente para criarmos fôlego para aguentar chefes gritando, prazos terminando, trânsito, obras... Não existe parque de diversões grande o suficiente que supere a companhia de quem se gosta para trazer felicidade à vida de uma pessoa. A letra da música Último Romance da banda Los Hermanos exemplifica o fato de o carinho de uma pessoa continuar a fazer efeito a outra mesmo depois de um tempo: "E até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei". Já a música Remédio, da banda Acústicos & Valvulados, diz que outra forma, mais radical, de se buscar a felicidade - as drogas - perduram apenas durante o tempo do uso: "Esse remédio jamais vai curar, esse remédio azul anfetamina, isso só faz do beijo o amor e do amor a pastilha que eu ponho na boca e termina".

domingo, 13 de dezembro de 2009

Por quê?

De repente, comecei a imaginar como seria bom se pudéssemos fazer tudo o que desejássemos no momento em que desejássemos. Tenho vontade, neste momento, de dançar em uma festa ou de simplesmente estar com as minhas amigas contando piadas. Mas a vida não é guiada por desejos, e sim por necessidades e obrigações. Por mais que lutemos para entrar em uma boa faculdade no curso desejado, sabemos que preferiríamos outras milhões de coisas a passar quatro anos de nossas vidas aprendendo regras a serem aplicadas em um futuro emprego. Não reclamo da vida, longe disso, apenas a interrogo. Por quê? Por que temos de fazer o que temos de fazer? Os mais elevados cargos da sociedade são preenchidos por pessoas que – generalizando radicalmente – passaram a vida não fazendo o que queriam. Possivelmente nem optariam por estar onde estão se pudessem. Provavelmente não. Chega um momento na vida – não digo isto por experiência própria – que percebemos que, por mais que tenhamos lutado a vida inteira pra chegar onde desejávamos, não era isso que queríamos. É difícil para nós, cidadãos comuns, acreditarmos, mas o dinheiro de forma alguma traz a felicidade. Ainda que os brinquedos mais caros no parque de diversões sejam os mais divertidos e que as roupas mais caras da loja sejam as mais bonitas sabemos que a verdadeira diversão está na conversa com um amigo e a verdadeira beleza é aquela que sentimos quando nos sentimos bem com nós mesmos. E, mesmo que você tenha lido todas essas frases clichês em vários outros lugares, acredite: elas são a verdade que procuramos durante a nossa vida.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

idéias

Sinto as idéias entrando em conflito quando começo a querer organizá-las. Todas elas acreditam serem as preferidas, mas não sei como faço para escolher aquelas que gosto mais. Talvez por isso que acredito tanto no que os outros dizem, quando na verdade eu deveria tapar os meus ouvidos às críticas. O mundo é mau. O mundo é triste, e não importa o quanto lutemos para mudar isso, será sempre igual. Seremos sempre a raça destruidora, que pensa em si mesma antes de pensar na conseqüência dos seus atos sobre as outras espécies. E não é porque escrevo isso que me torno melhor que todos os outros. Sou exatamente igual, somos todos iguais. Alguns, porém, sabem disso. Eu sei disso. Eu finjo não saber disso diariamente quando acordo, vou ao colégio, estudo para ser uma aluna medíocre de faculdade e depois trabalhar para pagar a boa vida dos nossos governadores com os meus impostos. Eles não são melhores do que nós, eles não conseguem ser felizes. Dinheiro não traz felicidade. Amigos trazem. Amores trazem. Pequenos atos que significam grandes coisas trazem. Nós trazemos felicidade a nós mesmos. Nós só alcançamos a felicidade quando esse se torna nosso objetivo. Os grandes descobridores não passavam de seres humanos mortais como nós. Somos exatamente iguais. Temos exatamente os mesmos problemas. A beleza é relativa. O poder é relativo. Tudo é relativo. Nada é absoluto. Nunca vemos uma coisa duas vezes do mesmo jeito. Nunca desenharemos uma imagem exatamente igual, nunca escreveremos um texto igual à outra pessoa. Mas somos todos iguais.
 
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